Minha inspiração para este texto foi um inseto que entrou pelas janelas da minha casa ontem à noite e inventou de se enfiar na luminária.
Dali ele não saia. Debatia-se, mudava de lâmpada, se debatia de novo, parecia reclamar e fazia um barulhão incômodo.
Fiquei pensando, quantos de nós não fazemos assim? Cismamos de entrar num “canto” (problema) e dali não saímos. Olhamos tanto para a luz (problema) que ficamos cegos para tudo o que esteja em volta (soluções? Uma luz que não nos cegue? - situação que não nos prenda?).
Já fiz isso, claro! Quem sou eu para dizer que só você faz?
Já me debati, chorei e fiz uma barulhão.
Já deixei de prestar atenção ao grande mundo que estava lá fora, fixada num habitat que nem era meu, ou seja, deixei de ver o mundão cheio de outras luzes, até mais interessantes, que se abriam para mim, fixada numa forte luz (problema/dificuldade/situação) que, de tão intensa, não me permitia desejar sair.
Pensei, esta pobre mosca gigante não tem consciência do que faz, do que pode fazer, do seu poder de bater as asas para aonde quiser.
Mas, eu tenho. Você tem. Eu posso escolher ficar parada, você pode escolher ficar vivendo uma situação difícil. Um emprego que não lhe traz mais a mesma alegria, um relacionamento que te prende mais do que te envolve, um filho que já é grandinho, mas que você continua resolvendo a vida por ele, uma família que não te ajuda, uma amizade que não é agradável, uma vida que você escolheu, mas não te traz o mínimo de felicidade.
Lembrei, enquanto olhava para a mosca gigante, do ditado que diz: "Não está bom? Se mova, você não é uma árvore!"
Você tem muitos caminhos e, mais do que isso, muito mais potencial do que imagina!
Foto arte de: bru pognalli.com
#LucianeVecchioConsultora
