Entrevistas por competências – O que são? Aonde vivem? Do que se alimentam? Mordem? São perigosas? Atacam sem motivos? Vivem em bando ou solitárias?
Infelizmente, muitas pessoas despreparadas andam colocando medo ou falando bobagens a respeito de muitas coisas em Recursos Humanos. Pena!
E com isso não vou atacar ninguém, quem me acompanha sabe que passo longe desse comportamento e não o estimulo.
Quero apenas dizer que muitos, mas muitos clientes e não clientes têm me procurado bastantes preocupados, pois ouviram falar dessa “nova moda” – que de nova não tem nada – das entrevistas por competências.
Sempre é bom dar exemplos! Então, vamos à prática!
Algumas competências que podem ser analisadas em um processo – e sempre deve depender do tipo de vaga, cargo, setor, etc., e não são apenas comportamentais, no sentido de psicológicas, como alguns pensam, equivocadamente – seguem abaixo:
- Comunicação;
- Sociabilidade – que é diferente de comunicação!
- Capacidade de trabalhar e produzir bem em equipe;
- Inovação;
- Negociação;
- Criatividade;
- Capacidade para tomada de decisões estratégicas (e rápidas);
- Gestão de recursos;
- Gestão de pessoas;
- Desenvolvimento de pessoas;
- Pensamento estratégico;
- Gerenciamento de Projetos;
- Uso e desenvolvimento de determinada expertise (conhecimento);
- Adaptabilidade;
- Resiliência;
- Inteligência emocional;
- Resolução de problemas;
- Gestão de conflitos;
- Pensamento crítico;
- Planejamento.
- (etc.)
Competência, portanto, é estar ou ser apto a realizar alguma coisa, ter habilidade para concretizar determinada função, desempenhar alguma tarefa específica.
Grave bem isso!
Por que então é tão importante que eu saiba o que é e quais são as competências? Por que é igualmente importante que eu saiba diferenciá-las?
Bom, em contato com o requisitante da vaga, o recrutador listará pelo menos 7 ou 8 habilidades/competências que são importantes/essenciais para tal cargo/posição/função.
Não enlouqueça! Nenhum recrutador que esteja minimamente informado e que tenha conhecimento técnico para exercer tal função, lhe pedirá que tenha todas as competências (se bem que, com a crise, alguns líderes de empresas andam se aproveitando da demanda de mão de obra e pedindo um profissional “Bombril”. Mas, isso não é o adequado!).
O recrutador buscará então, através de algumas perguntas abertas, se determinado candidato tem determinada competência.
Importante, portanto, é você conseguir traduzir sua carreira, seus projetos, suas atividades, em competências e vice versa.
Ficou confuso? Eu explico!
Pode ser que em sua entrevista – e eu espero sinceramente que sim – tenham perguntas “misturadas”, com foco e sem foco em competências, biográficas, técnicas, gerais, diretas.
Um bom entrevistador sabe fazer uma boa entrevista, que jamais se resume a: “liste 3 defeitos e 3 qualidades” (argh!). Um bom entrevistador também sabe quando estão mentindo para ele e um bom entrevistador se prepara para atender um candidato! Sabe analisar as respostas e não apenas julgá-las.
Ou seja, “Você tem disponibilidade para viagens constantes” não é nem de longe uma pergunta com foco em competências ou ainda, “Qual a sua formação acadêmica e por que escolheu tal curso”. E não é por isso que estão incorretas ou não devem ser feitas, apenas o foco é outro!
Mas, “Descreva sua conduta numa ocasião em que lidou com um colaborador com perfil comportamental difícil, mas tecnicamente muito bom...”, isso sim é uma bela pergunta “por competência”.
Como então eu me preparo para este tipo de pergunta, Luciane?
Não existe regra, fórmula, mágica. Existe sim um preparo, um estudo de sua carreira, destaques, habilidades. Saiba sempre citar exemplos concretos de seu dia a dia. Se você diz que tem facilidade para fazer tal coisa, exemplifique!
“Acho que sou bom ouvinte, por que minha vizinha sempre desabafa comigo” não é um bom exemplo para “trabalho em equipe e boa comunicação”.
Mas, explicar uma situação em que estas competências foram utilizadas em seu ambiente de trabalho, isso sim é. “Passei por uma situação de conflito entre membros de um projeto, excelentes colaboradores, os melhores de minha equipe, que divergiam em alguns pontos e minha conduta foi xxxx (descreva sua conduta)” – isso sim é um exemplo destas habilidades.
Compreende?
Agora o que você tem a fazer é pegar o seu currículo, preparar um bom chá (ou outra coisa) e listar, ao lado de cada atividade, quais competências você precisou utilizar para desempenhar cada uma delas.
Sim, exige exercício, dedicação, tempo e preparo. Participar de uma entrevista não é escolher alface no supermercado!
Pronto! Você já deu o primeiro passo rumo à excelência numa entrevista por competências.
Sucesso!
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